sábado, 12 de junho de 2010

Bebidas frescas num instante

Vamos por a física ao serviço de um bom convívio.
Sozinho ou acompanhado necessita de uma bebida fresca e... não há! Só à temperatura ambiente.
Num recipiente de tamanho apropriado às bebidas que quer refrescar, deite:
- 2 partes de água, de preferência fria (o suficiente para cobrir 3/4 do recipiente das bebidas)
- 1 parte de gelo
- sal (uma mão cheia por cada litro de água)
- coloque as bebidas dentro da água, de modo a ficarem quase tapadas
Espere 5 minutos. Já está.
A água permite um contacto muito maior com as bebidas, arrefecendo-as mais rapidamente do que colocando só gelo.
O sal é activo de 2 maneiras. Por um lado, ao dissolver-se na água, vai-lhe buscar calor (calor de dissolução). Depois de dissolvido, baixa a temperatura de congelamento da água.
A água destilada congela a 0ºC. A água do mar (35 g de sal dissolvido por litro) congela a cerca de -2ºC. A água completamente saturada de sal congela a cerca de -20ºC.
Portanto, quanto mais sal mais baixa pode ser a temperatura da água.
Se o gelo vier da arca congeladora a -18ºC, podemos obter um banho abaixo da temperatura de congelamento da cerveja, ou da cola ou do sumo. Atenção, não exagerem... Boas bebidas!
Ainda se pode usar gelo seco, que é CO2 congelado, a -48ºC, mas esse não está assim tão disponível.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

FIFA WORLD CUP e a Física

A final do Campeonato do Mundo de Futebol vai-se realizar no estádio Soccer City, em Johannesburg, a 1701 m de altitude.
Muito já foi escrito sobre as consequências na fisiologia dos jogadores.
E sobre a bola?
Consideremos um pontapé livre numa zona frontal à baliza, com a barreira formada.
Normalmente, a bola é chutada a uma velocidade de 20m/segundo e com rotação (efeito). Esta rotação cria uma força (força de Magnus) que lhe imprime uma trajectória curva, podendo passar por cima ou ao lado da barreira, a caminho da baliza.
À altitude do estádio de Soccer City, o ar é mais rarefeito. A bola desloca-se mais depressa.
Aplicada a mesma força no pontapé, ela estará 2 diâmetros mais à frente do que é habitual, perto do nível do mar. Se o guarda-redes utilizar a sua técnica habitual, quando chega lá com as mãos, já a bola passou.
Mas também a força de Magnus é menor, pelo que a curvatura da trajectória é menor.
Consequências: Um pontapé em linha recta e com muita força fará a bola chegar mais rapidamente à baliza.
Para obter uma trajectória curva, é necessário reduzir a velocidade e aumentar o efeito de rotação.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mão de obra qualificada

A Siemens Portugal processa todas as operações de gestão de tesouraria e controlo de custos das 45 empresas europeias do grupo. Tem 200 pessoas e prepara-se para chegar às 450 a trabalhar nesta área.
Além deste centro de competências a nível internacional, tem outros, como nos recursos humanos, área industrial e 4 no sector de energia.
Como é que Portugal conseguiu esta notoriedade internacional?
"Não é segredo nenhum que temos mão-de-obra de grande qualidade e um elevado nível de eficiência", respondem da Siemens.
Se isto for verdade para o conjunto da economia portuguesa, a baixa produtividade está essencialmente ligada a má gestão.
Quando a gestão é boa, conseguem-se resultados como os da Siemens Portugal...